A tarde do Pirata



Extraído do livro: Futebol em Cascavel de Carlos Bindé Araújo

Em 21 de junho, o hexagonal, com pinheiros a cada jogo mais favorito, rodada em que o Cascavel jogaria em casa com o Londrina. Vencendo reuniria chances de ir tentar em curitiba algum milagre na rodada final do turno com o Pinheiros. sem Serginho, sem Anselmo, dois atacantes afastados por contusão, deram uma chance a Hamilton, aquele com pose de campeão Mexicano e revelado pelo São Paulo.
Esse é um caso à parte na História do Cascavel. Era um segregado. Nunca tivera oportunidade no time titular. No entanto, naquela tarde, depois que Silvio se contundiu, e de maca o retiraram de campo, Pirata, como mais tarde iriam chamá-lo, fez os três gols da vitória contra o Tubarão. Um de cabeça, outro de pé direito e o terceiro de perna esquerda. Hamilton foi a sensação. só deu ele nas entrevistas de fim de jogo. O Londrina ficou surpreso com aquele jogador.

É verdade Bindé, eu estava naquele jogo, o Hamilton Pirata foi o herói daquele jogo e também tem um fato inusitado que aconteceu depois do jogo, o Hamilton Pirata estava hospedado no hotel do Tchê, e depois das entrevistas, abraços, choros e festa na beira do campo e nos corredores do estádio, nós nos encontramos novamente no hotel, onde eu sempre passava depois do jogo. Quando chega o Hamilton todo sorridente e resolve ligar para casa e contar o seu feito para a esposa. Então disse: Amor, ganhamos o jogo e fiz 03 gols! E do outro lado da linha a esposa responde: Não, mentira, não acredito? E ele insiste: Sim, sim é verdade, me assista nos gols do fantástico, fala aqui com Tchê, ele vai te confirmar, passando o telefone para o Darci que prontamente confirmou o fato. E depois de desligar o telefone o Tchê largou essa: Hamilton é milagre o que aconteceu no jogo hoje hein! Nem a sua esposa acredita que você fez três gols... e todos sorriram.

Comentários

  1. Magela esta historia do Hamilton Pirata é verdadeira foi em 1987, eu éra o supervisor e o Edgar Bueno o presidente, ele chegou aqui como se fosse atleta do America do Mexico, mas nao conseguimos documenta-lo porque nao existia nada no Mexico ele havia mentido para nos, dai o Edgar o dispensou, uma semana depois ele ligou de Araraquara-SP para o Edgar, pedindo desculpa e contou a verdade, dizendo que era atleta junior da Ferroviaria e nao profissional e chorando pediu uma chance ao Edgar, que então mandou ele voltar. Ai o profissionalizamos pois ele tinha ja 25 anos e ficou a disposiçao do Walmir Louruz, seu treinador que nunca colocou ele jogar porque nao acreditva nele, quis o destino que o Louruz foi embora do clube e uma semana depois vem jogar aqui ja como técnico do Londrina e levou esta tamancada do Cascavel, com todos os gols do Pirata, o Louruz nao queria acreditar no que via os gols do Pirta, mas foi so isso nunca mais marcou um gol sequer.VIVEU uma semana de verdadeiro rei e o Fernando Gomes ainda dizia ELE É GOLEADOR SIM SENHOR. o nome Pirata fui eu que dei a ele, porque todas as informaçoes que ele me passava nao batia, e nunca esteve no Mexico, dai o chamei de jogador Pirata. Jair Bordignon

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  2. Que maravilha Jair, mais um importante detalhe a ser acrescentado nessa incrível história do Pirata, então foi vc. que colocou esse apelido no homem. kkkkkkkk. Abraços,
    Geraldo Magela

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