Recordar é Viver - histórias encantadoras


Eloi Kruger - A missão de um transformador
  

"Crescer dói muito, crescer requer inteligência, persistência, atitude. Não é sobre gols, derrotas ou vitórias. É sobre guiá-los e seguir numa direção que os ajude a crescer e se tornarem cidadãos." - Eloi Kruger

Perfil: 


Eloi Kruger nasceu no dia 7 de setembro de 1951 na cidade de Blumenau/SC, uma das mais belas cidades do Brasil. Filho de Udo Kruger, motorista de caminhão - chofer, como se dizia na época e de Irma Tonet Kruger, doméstica, mas de quem veio toda a formação familiar dos seis filhos do casal.




Logo se mudou para Rio do Oeste, uma pequena cidade do centro catarinense, onde cursou os primeiros anos da escola fundamental. A vida de Eloi consistia em estudar, jogar futebol com os amigos, colher pinhão, cortiça (saborosa fruta nativa), tangerina, laranja, uva. Ajudava nas tarefas de casa, como lavar/enxugar a louça, varrer o quintal, cortar lenha para o fogão e forno (ambos a lenha).




Seminarista

Foi para Irati/PR, como seminarista, onde ficou alguns anos e retornou para Rio do Oeste já com 18 anos e sem muita expectativa de emprego na cidade pequena.




Cascavel no caminho

O tio de Eloi, irmão de sua mãe, Giovani Tonet residia em Cascavel e lhe fez o convite para vir a Capital do Oeste – na época uma cidade em pleno desenvolvimento. Nos anos 70 Cascavel e região eram locais a serem desbravados. Viviam do extrativismo da madeira, Erva Mate e começava o ciclo da agricultura, especialmente soja, trigo e milho.




Cascavel, anos 70

Em 1970 Cascavel era uma jovem cidade emergente. Estava no fim do ciclo da madeira e o início do ciclo da agricultura. O Colégio Wilson Joffre e Marista eram ícones culturais, enquanto Cine Delfin e Coliseu se constituíam nos principais pontos de encontro dos jovens cascavelenses. A Avenida Brasil tinha suas três pistas para o trânsito e era o orgulho e diferencial da cidade. Gaúchos e catarinenses predominavam. Elói destaca - "Estranhávamos o barro vermelho."
No futebol, o Brasil seria tricampeão mundial, com a geração Pelé/Tostão/Gerson/Rivelino e era a referência de qualidade do futebol mundial.
"A Copa do Mundo de 1970 foi o evento transmitido pela primeira vez, pela televisão, em preto e branco. Na frente da Catedral N. S. Aparecida os cascavelenses, pessoas das cidades circunvizinhas e até do Paraguai - uma multidão - se acotovelavam e puderam ver a transmissão pela tv, ao vivo. O cine Delfin e Coliseu colocaram televisores e transmitiram os jogos da Copa ao vivo, enquanto exibiam filmes inimagináveis, hoje!" relembra Eloi.




Primeiro Emprego

Chegando a Cascavel, logo foi trabalhar no Banco Sotto Maior - depois Banco Nacional e hoje incorporado ao Grupo Itaú.




O amor pelo futebol

Terminou o Segundo Grau no Colégio Wilson Joffre. E como semelhante atrai semelhante, para sociabilizar utilizou-se do futebol e do futsal, fatores fundamentais e que teve influência enorme em sua vida. A cidade tinha acabado com o futebol profissional - Cascavel Futebol Clube - fruto de má administração. Vários jovens e grandes atletas de Cascavel jogavam pelo clube e ficaram sem chão e horizonte profissional. Casos de Alvir Preisner, Chico Sarolli, Admar, Mafessoni, Osmar (jogou no Atletico Paranaense), Edson Poeta, Miltão, Itacyr, dentre outros.




O Dom de descobrir talentos

Como atleta Eloi Kruger sempre foi um jogador mediano, limitado, mas despontava na equipe como um grande observador e conhecedor tático, nos vestiários nos intervalos ou no final das partidas sempre apontava o êxito da equipe quando vencia e era efusivo ao desnudar as falhas do grupo diante das dificuldades e das derrotas, e desta forma com apenas 23 anos começou a descobrir novos talentos como Max, Rubinho, Cafú, Ronaldo, Cabinho, Juarez, Hélio Maurício, Caio Junior, Indio, Jorge Sorbara, Saulo, e do grupo inicial de peladas nasceu o Café Piquiri.


Rivalidade no Futsal
No futsal vivíamos uma época de ouro com rivalidade entre especialmente três grandes forças: Derac, Igol e Discolândia, depois Soloquímica, o gen era formado para mais tarde surgir equipes fortes e competitivas para disputa do campeonato paranaense de futsal.


Nasce o Cascavel Esporte Clube

Da rivalidade entre os dois gigantes do futebol amador - Café Piquiri e Damagril, e além de uma nova e renovada força a Super Lajes com Dileto, Lísias, Edson Porfirio, Paulo Sérgio, Tiãozinho, Passarin, Oscar Rafahin, Caio Junior, Dedé, Denivaldo, Butiaco, Almir, Chicão, Algacir, Machineski entre outros foram fatores preponderantes para formação de uma equipe profissional.

Em 1979, nasceu o Cascavel Esporte Clube sob o comando do Divaldo Beletti no profissional e Eloi Kruger no comando da base, neste mesmo ano a equipe profissional sagrou-se vice-campeão da Segunda Divisão e no ano seguinte a equipe conquistou o título de Campeão Paranaense de Futebol, quem não se lembra do título de1980.



Profissional


No futebol profissional o Cascavel Esporte Clube oscilou muito e fez campanhas ora memoráveis e outras vezes com performance sofrível. Via de regra, por ingerência política e ou/má administração.




Uma base forte e o surgimento de muitos talentos

A base, entretanto, mantinha-se forte e o clube era um celeiro de craques - geração após geração aparecia novos talentos. Como o clube sempre teve uma política voltada para a importação de jogadores e não para o aproveitamento dos pratas da casa, muitos foram realizar seu sonho em outros centros. Eloi cita o Admar, Chico Sarolli, Caio Junior, Julio Cezar, Jorginho, Hélio Maurício, Rubinho, Cafú, Maximino, Manoel, Varguinha, Cabinho, Oscar Rafahin, Dileto Mecabô, Leonir, Leonildo, Lile, Tiãozinho, Denivaldo, Dedé, Olivio, Seir, Leandro, Luiz Carlos, Charles, Neo, Josias, Tuta, Regis, Tile, Marcos Palácio, Valter, Vilson Corbélia, Claudio França, Lisias, Roberto França, Silvio, Teodoro, Zé Moro, Olavo Orso, Dé, Darlan, Edinho, Mauro Sarolli, Claudir Bressanelli, Miltinho, Nivaldo, Reginho, Robertinho, Paulo, Monteiro, Roberto Monteiro, dentre outros fizeram parte das primeiras gerações revelados em Cascavel. Alguns foram para grandes centros e jogaram nos clubes gigantes do futebol brasileiro, um tempo em que as importações de atletas pelos clubes Europeus eram raras nos anos 70 e 80.




Dois guerreiros

"Doraci Machado e José Guedes foram fundamentais no trabalho de formação dos atletas nesta fase", complementa Eloi.




Mais craques

No fim dos anos 80 e início dos anos 90 e 2000, as gerações foram se sucedendo: Alcindo, Amarildo, Andé Ronick Neto, Nei Victor, Rogério Macanhão, Farina, Joemilson, Adilson, Aparecido Alexandrino, Aparecido Campos, Cafu, Cristiano Avalos, Bispo, Paulinho Corbélia, Dario, Veloso, Adans, Airton Zanin, Alexandre Badke, Anderson Miguel, Alexandre, André Gonçalves, Bebeto, Cleiton Cezarotto, Clodoaldo, Denilson, Diego Giareta, Edú Cortina, Glauber, Eduardo, Nilson, Edmilson Azevedo, Elvio Svaigen, Eládio, Eleandro, Fábio Januário, Fábio Souza, Gil Pimenta, Gilberto, Gilmar Galo, Gilson, Gledson, Haroldo Felipe, Irineu, Jean Carlo, Joca, João Paulo, Jovani, Kleber, Vanderlei, Renato Manguinha, Reinaldo China, Roberto Rivelino, Robson Holodniak, Rogério Erhtal, Luizinho, Sidiclei, Silmar, Marcelo Preisner, Moura, Ni, Patrick, Rafael Meassi, Piti, Maisena, Capitão, Marcos Teixeira, Marquinhos Palma Sola, Marcos Edinei, Marcos Horvath, Marcos Sanches, Maycon, Dala, Valter Garbato, Sandro José, Sandro Souza, Mi, Paulo Heitor, Paulo Henrique, Paulo Borges, Paulo Rogério, Veiga, Lei, Dirceu, Samuel, Serginho Brasilia, Valdecir, Wagner, Roberto Andrade, Marquesini, Christian não necessariamente na ordem cronológicas, podemos afirmar que foram importantes revelações e fizeram a fama do clube como formador de atletas. De fato esta cidade se notabilizou como um grande celeiro, impossível citar todos;


Futsal

Em 1978 Kruger foi Campeão Paranaense de Futsal - Categoria adulto - time que tinha: Audinir, Indio, Rubinho, Cafú, Max, Saulo, Varguinha, Jorginho, Otil Bandeira, Hildo... como Diretor de Esporte o Marcos Antonio de Souza.

Em 1981, então na Santa Cruz – Campeão Paranaense - categoria juvenil, time que tinha os jovens talentos Rafahin, Dedé, Nei Victor, Macanhão, Tile, Paulo Ivan, Olavo Orso. Como Diretores os irmãos Claudemir e Ildebrando Vale.

A frente da Santa Cruz Eloi acumulou o Vice Campeonato Paranaense, nas categorias adulto e juvenil e foi inúmeras vezes campeão Citadino de Futsal - nas categorias adulto e juvenil.




Clubes e conquistas

No final dos anos 90 e início dos anos 2000 com a falência do Cascavel Esporte Clube, nasceu o Cascavel S/A - um projeto inovador para a época, mas por mau gerenciamento teve vida curta. Obteve ótimos resultados dentro de campo e usava praticamente somente pratas da casa

Com a falência de gestão do Cascavel S/A Eloi resolveu aceitar o convite para trabalhar em Colatina. "Muitos alegavam que só tinha perfil e competência para trabalhar em Cascavel e na base"

Em Colatina Kruger foi Campeão Estadual, na categoria profissional com uma base de atletas que trabalhava com ele no Cascavel: Eduardo Nakano, Fábio Januário, Irineu, Gilberto, Fábio Santos, Adans, Bispo, Paulo Rogério, Marcos Palma Sola, Rui Rei, Glauber.

"Fizemos muito sucesso. Na sequência disputamos a Copa do Brasil e fui convidado pela Federação Capixaba para treinar a Seleção Capixaba para as disputas do Campeonato Brasileiro de Seleções - Região Centro Oeste. Fomos vice-campeões - perdendo o título no saldo de gols para Goiás."

Na comissão técnica com Eloi estava os professores Dala, José Guedes e o Claudio Roberto.

De Colatina, em 2004, Eloi foi para Jaguaré, Espírito Santo e conseguiu o título de vice-campeão da Copa Espírito Santo. Trabalho muito bom com Edivaldo, Edinho, Augusto, Kill, Fé, Malafaia, Valber entre outros.

Do Espírito Santo Kruger foi para Santa Catarina – Sagrou-se campeão dos Jogos Abertos de Santa Catarina, treinando a Seleção de Itajaí. Em seguida transferiu-se para Mococa, com o professor José Guedes, preparando a equipe para a Copa São Paulo de Futebol, tendo como gestor o tetracampeão Cafú. "Ótima experiência, gratificante trabalho".

Na sequência por indicação do Dario, foi treinar o Águia Negra, de Rio Brilhante. Outro período de ouro - campeão estadual - Profissional. Na Comissão técnica, Renê Stanzioni e Claudio Roberto. O título e revelação de inúmeros atletas traduzem a performance. Vários jogadores estão em grandes
clubes do futebol brasileiro e mundial - Kanú, Jorginho, Careca, Gilson.

"No ano de 2010 retornei para Cascavel, na Primeira Divisão, a convite do Nei Victor, Dileto Mecabô e Luiz Rafahin. Uma campanha boa na primeira fase - sem derrota em casa e com um regulamento ridículo - o super mando."


Novas revelações de atletas e aproveitamento máximo da prata de casa: Gilson, Wagner Quirino - dentre as principais revelações e pratas da casa - Rafael Victor, Kinho, Vagner. Na preparação fisica o professor José Guedes, como preparador de goleiros Nivaldo Penafiel. De Cascavel usamos ainda o Irineu que foi o artilheiro do campeonato estadual e Sidiclei.

Em 2011 foi a vez do Sete de Setembro de Dourados receber o professor Eloi que destaca "um clube com um bom centro de treinamento e que trabalha muito com a formação de atletas."




A tristeza de ver o CCR na 3ª divisão

Em 2012 Eloi retorna para o Cascavel para a disputa da Segunda Divisão. "A perda de 6 pontos no tapetão determinaram a queda do clube para a Terceira Divisão, posição que permanece até hoje. Lamentável!"

Em 2013 Eloi foi para Novoperário, de Campo Grande, Mato Grosso do Sul e em 2014 desembarcou em Blumenau, Santa Catarina para cuidar de uma micro empresa de estamparia, da qual é sócio.




Paixão por Cascavel

Como se seu umbigo tivesse por aqui enterrado, não tem jeito, vira e mexe, Eloi Kruger retorna a Cascavel, neste ano recebeu o convite da Secretaria Municipal de Cascavel para assumir a Seleção de Cascavel para os Jogos da Juventude do Paraná e para a Seleção de Futebol de Cascavel para os Jogos Abertos do Paraná. E prontamente aceitou.

"No momento estou vendo jogos das categorias sub 17 e sub 19 para futura convocação de atletas, importante salientar que a formação de atletas precisa de alguns nortes que o objetivo final não seja pecuniário; que a formação do cidadão prevaleça sobre a formação do atleta; que tenha como missão e objetivo treinar, desenvolver o talento que o atleta possui naturalmente e que a qualidade do treinamento leve o atleta naturalmente a realizar seu sonho."

Creio que estes nortes foram decisivos para que Eloi se credenciasse para receber o título de Cidadão Honorário de Cascavel, proposto pelos vereadores José Roberto Magalhães e Jaime Vazata ex-atletas do Professor, título esse mais do que justo aclamado por unanimidade entre os 21 vereadores de Cascavel no dia 13 de abril de 2015. Acompanhe:


Câmara Municipal do Município de Cascavel aprova título de cidadão honorário para Elói Kruger


Os vereadores aprovaram por unanimidade na sessão desta segunda-feira (13) o Projeto de Decreto Legislativo 02/2015 que outorga o título de cidadão honorário ao técnico de futebol Elói Kruger.

A homenagem foi proposta pelo vereador Robertinho Magalhães com apoio dos vereadores Aldonir Cabral, Marcos Rios, Gugu Bueno, João Paulo, Nei Haveroth, Fernando Winter, Ganso sem Limite, Celso Dal Molin, Jorge Bocasanta, Jaime Vasatta, Walmir Severgnini, Romulo Quintino e Vanderlei da Silva.

Como explica o vereador Robertinho Magalhães, "Elói Kruger tem uma grande história no meio esportivo de nossa cidade, dando oportunidades para pessoas de baixa renda e colaborando para a formação humana e cidadã dos atletas". Para Nei Haveroth, o esporte precisa de mais líderes que ajudem o esporte a se desenvolver, dada sua importância na formação dos estudantes. Na opinião do Professor Paulino "se não ocupamos o tempo das nossas crianças e adolescentes com esporte e educação, as drogas e o descaminho ocuparão este espaço".

Após ser aprovada a homenagem pelo plenário em única votação, a Câmara definirá com o homenageado uma data oportuna para a solenidade oficial de entrega do título de cidadão honorário.

Elói atua atualmente nas categorias do futebol de base de Cascavel. Passou por diversos clubes e conquistou vários títulos em campeonatos regionais e estaduais.
Kruger é um dos principais responsáveis pela difusão da prática do futebol em Cascavel nos últimos anos, com a formação e revelação de inúmeros atletas para clubes nacionais e internacionais.

"Acredito e transfiro a homenagem a tantos que trabalham no desporto cascavelense - e cito especialmente: Doraci Machado, José Guedes, Dala, Valter Garbato, José Lourival Scardelai, José Piranha, Rene Stanzione, Edmilson Pereira, Wanderley Wizikowski, Ladir Salvi, Sergio Bialeck, Toninho, Nei Victor e todos educadores por excelência." - Eloi Kruger.

Fala com orgulho que se inspirou em importantes figuras locais como Adão Wilie Dias, Joel de Locco, Fernando Gomes, Moacir Eleutério. José Guedes, Renê Stanzione e Munir Caluf.

"Quanto aos atletas, em um primeiro momento você estende-lhe a mão. Em seguida, anda ombro a ombro, de igual para igual e via de regra, com o tempo, eles te superam".

E assegura - "Cada atleta que trabalhamos, fica registrado em nossa memória e foram importantes em determinado momento. Mas, o principal é que inspiram novos meninos a correr atrás de uma bola, a buscar a realização de seu Sonho."

Eloi Kruger nunca se casou e reitera sua opção "como entender um Carmelita, um monge no Tibet, um Padre ou Ermitão no deserto" e observa "vale lembrar que 30% da população pelos mais variados motivos e opções vivem sem se casar e são extremamente felizes, na qual me incluo."

Assim registro neste espaço a bela trajetória deste abnegado do futebol, o solitário da bola, que afirma que sempre foi muito feliz, por ter sido cúmplice na felicidade de muitos.


30/03/2015 10h00


Recordar é viver! Moacir Eleutério
O boêmio da bola e da música



No mesmo ano em que nasciam Renato Aragão e Carlos Alberto de Nóbrega, atores, humoristas que fazem a gente sorrir para não chorar, Eder Joffre - o maior pugilista, homem que batia para não apanhar da vida, nasce em Porto Alegre Moacir Eleutério, o homem que amava para não sofrer.

Perfil
Inverno de 30 de julho de 1936, no bairro boêmio da Vila Mariana, ao som de Lágrimas de Orlando Silva, seu Gastão comemorava o nascimento de mais um filho, nascido do ventre de sua madre progenitora dona Carmen, cumpria assim sua missão terrena, em pouco tempo viria a falecer, quando o menino ainda era bebê. Moacir Eleutério constitui-se em um negro esbelto e promissor. 





Criado pela madrinha


Para salvaguardar a vida do filho por conta dos destemperos do avô e do tio, o mestre de obra Gastão depois que ficou viúvo, achou melhor enviar Moacir para morar com dona Ieda, tia e madrinha do menino, e foi no Bairro Bonfim que acaba vivendo sua infância humilde, mas cheia de amor e cuidados.


Início no futebol 


Inspirado pelo futebol da seleção brasileira de 1952 com Carlos Alberto, Adésio, Mauro, Zózimo, Edison, Larry, Milton Pessanha, Didi, Evaristo de Macedo, Humberto Tozzi, Jansen e principalmente por Vavá que era o mais jovem do grupo com 17 anos, Moacir estraçalhava nos campos de peladas do Bonfim, fato que chamou atenção de olheiros que andavam por ali em busca de talentos, um deles o levou para o Cruzeiro (POA) e com 16 anos, era início da sua trajetória no futebol.


O anunciador


Pela qualidade técnica e pelo belo futebol praticado, e depois comparando as suas características física, parece-me que Moacir Eleutério estava anunciando e preparando o caminho para chegada do maior jogador de futebol de todos os tempos. Em 1956 na baixada santista surgia no Santos FC e na Seleção Brasileira com os mesmos 16 anos de Moacir, Pelé o rei do futebol.


Grande promessa


Moacir chamava atenção de todos pelo seu jeito esguio e rápido com a bola nos pés, logo teve destaque pela sua incrível habilidade na perna direita além de um potente arremate, goleador nato, e antes de se tornar profissional foi contratado pela equipe de Joinvile/SC.




O altar


Quando partiu para Joinvile, seu coração havia ficado em Porto Alegre, tanto que em 31 de janeiro de 1959 casou-se com Gessi Isabel Francisco e neste mesmo ano assinaria seu primeiro contrato profissional com o Atlântico de Erechim, ele e dona Gessi tiveram quatro filhos, Carlos Alberto (in memoriam), e Márcia que nasceram no estado Rio Grande do Sul, Moacir Júnior e Márcio, o popular Mussa nasceram em Cascavel.




O Ypiranga


E após fazer fama na equipe do Ypiranga até final do ano de 1964, Moacir assinaria contrato com a outra equipe da cidade, o Atlântico, o sucesso também foi grande, jogou por lá até final de 1966 e depois se transfere para o Chapecoense, e mais tarde aceita o convite de Tessari e desembarca em Cascavel para ser treinador.


As águas do Guaíba 


Em 1974 o mais duro golpe para um pai, morre aos 14 anos afogado nas águas do Guaíba em Porto Alegre o seu primogênito Carlos Alberto. Dor e amargura tomaram conta de Moacir e sua família, Carlos Alberto e seus amigos foram banhar-se no famoso rio Guaíba e não venceu a água, acabou se afogando, momento de muita dor e tristeza para a família e amigos.

A chegada no Tuiuti


Em 1978 a convite do presidente do Tuiuti Esporte Clube - Wladmir Welter, hoje é agropecuarista em Vera Cruz do Oeste, e do tesoureiro Edgar Bueno - atual prefeito de Cascavel, Moacir é contratado para exercer o cargo de massagista do
clube.




Técnico do Cascavel Esporte Clube


Em 1979 - Foi contratado para ser técnico do time profissional do Cascavel Esporte Clube, experiência que repetira mais tarde em 1983 a convite do então presidente Caetano Bernadini.


Os relatos de alguns amigos que acompanharam sua trajetória


Darci Casagrande "Tchê"


"Conheci o Moacir na década de 60, 70 em Erechim/RS, eu era da equipe de Juniores do Ipiranga e ele profissional, vindo do Cruzeiro, um meia direita muito bom, fazia muitos gols, jogavam bem para chuchu, era ídolo, o torcedor adorava ele, tanto no Ipiranga quanto no Atlântico, na época jogava com o Carioquinha (o Carica) que também mora em Cascavel, veio a primeira vez a Cascavel com o time do Atlântico, foi uns dos primeiros aviões a descer por aqui com uma delegação inteira, o aeroporto ficava ali onde é a prefeitura nova, levantava um poeirão danado. Morou muito tempo no nosso hotel, meus falecidos pais adoravam ele. Boa praça, gente boa, se vestia impecavelmente, usava roupa branca como ninguém, era metido o negão (risos), andava só na pinta, jogou no Tuiuti, no Comercial, foi massagista no Azulão e treinou a equipe do Cascavel, divulgou muito o futebol da nossa cidade, merece essa lembrança. Cantou na noite e tocava um cavaquinho mundial, muito gente boa, pena que morreu muito cedo, deixou saudades" 




Carlos Corso (Carlão)


"Bem pelo que eu conheço, ele o Moacir Eleutério sempre foi um cara da comunidade, fazia amigo fácil, fácil, ele chegou aqui vindo de Porto Alegre, e como eu trabalhava com o Caburé no Auri Verde a partir de 1964, o Caburé disse que jogou com ele no Chapecó, então tinha todas as boas referências possíveis. Cantava bem, cantava ao lado do Alvir, ai no Tuiuti nos bailes por aí. Mas eu que não esqueço de um lance em um jogo, eu sempre joguei como zagueiro e nós éramos do mesmo time nesta ocasião e quando ergo a cabeça vejo o Moacir a frente pedindo a bola pela ponta direita, então eu lancei a bola que por certo caiu no pé dele que executou com uma perfeição, fez um golaço, mais uma pintura de gol, e este lance nunca saiu da minha cabeça. Era um técnico exigente, sério, competente, cobrava bastante dos seus comandados e na noite andava sempre na pinta, penso que o Moacir foi feliz em Cascavel, porque a felicidade agente não encontra, agente faz a felicidade, e ele era um cara bacana, de fácil convívio, sorridente, elegante, se vestia bem, é impressionante, naquela época só existia pó e barro, por aqui se via as palhoças e só conhecíamos o trabalho, mas quando observávamos o jeito elegante de Moacir se vestir, estilo este trazido por ele de Porto Alegre, todos nós passamos a nos vestir assim, então nos sábados costumávamos vestir terno com a gravata e entre tantos Moacir era elegantíssimo, com aquele terno transpassado, arrebentava."


Pedro Mikilita


Falar do Moacir Eleutério é algo que me emociona, até porque eu era muito ligado a ele e a família, e por conta de seu envolvimento com o futebol nos tornamos amigos inseparáveis, veio de Porto Alegre para trabalhar no Tuiuti e inclusive ele foi o primeiro treinador do time profissional da cidade de Cascavel, na época em 1979 ele e o Chiquinho Zimmermann montaram o primeiro time profissional da cidade que foi o Cascavel Esporte Clube. Um fato interessante se não me falha a memória o Moacir Eleutério foi um dos primeiros negros a chegar em Cascavel, chegou por aqui, sempre elegante, educado, se vestia bem, tinha uma característica peculiar, era muito simpático e agradável, sempre comunicativo, passava muita segurança para todos de forma que foi conquistando todo mundo, nos clubes, nas peladas, na música era um dos artistas que tínhamos por aqui. E com o passar do tempo, ele começou a se sentir mal, foi internado no Hospital Policlínica, eu fui visitá-lo e confesso a você que fiquei chocado ao deparar com o meu amigo daquela forma, tão debilitado. O médico então orientou-nos que o enviasse para um centro maior para que pudesse receber um tratamento mais adequado, e a decisão foi enviá-lo a Porto Alegre seu berço natal. Nós nos cotizamos para as despesas dele, montamos uma caravana e o levamos para a Foz do Iguaçu onde seria seu embarque para Porto Alegre, e no aeroporto eu, Pedrinho e outros amigos brincavam com Eleutério convidando-o para tomar uma cervejinha, e ele disse: "olha, vocês não estarão livre de mim, estou indo a Porto Alegre me tratar, vou recuperar a saúde, depois vou fazer um estágio aprimorado de treinador no Grêmio e vou retornar para Cascavel para retomar o comando técnico do time e vamos colocar o time em lugar de destaque que ele merece" falado isso confesso a você que todos nós nos emocionamos e rolou até lágrimas, depois disso, nunca mais vimos o Moacir, infelizmente a doença foi mais forte e ele acabou falecendo em sua terra natal."




O que diz a família




Dona Gessi


Católica, fervorosa diz que Moacir era ainda juvenil no Cruzeiro quando se conheceram "aí nós começamos a namorar, daí casamos, depois nós fomos para Joinvile, Erechim, Chapecó e um amigo o Tessari trouxe ele para Cascavel, ele era muito feliz, vivia solto né (risos), gostava muito da noite, adorava sair com os amigos, eu deixava se não ele ficava bravo, ele gostava é de ser livre, a música sempre esteve com o Moacir, em Porto Alegre saía nas escolas de samba, andava sempre com o seu inseparável cavaquinho, ele era muito exibido (risos), eu dizia, homem não sei como eles dão conta de você na rua. Sempre bem vestido, as roupas tinha que estar impecáveis, apesar das estripulias digo que Moacir foi um bom homem, cuidou de mim, dos filhos e ajudava a todos, era de um coração muito bom e sincero as suas amizades, adorava receber os amigos em casa, e pedia para eu fazer aquela muqueca caprichada para servir aos seus convidados, não saia sem um bom terno e sem uma boa gravata, sempre em um bom perfume, adorava um alfaiate. O nosso filho Moacir Jr. herdou o cavaquinho do pai dele e de tanto zelo que ele tinha pelo instrumento, certo dia ele deu um banho nele, mergulhou o cavaquinho na água que não resistiu, daí ele chorava pela falta do cavaquinho, eu ficava com muita pena, porque eles todos gostavam de musica. Dona Gessi além de ser uma simpatia de pessoa também é muito generosa, se alegra por ter aumentado a família através da adoção de Camila que chegou na casa quando tinha apenas 4 meses e hoje com 22 anos é o xodó da família. Gessi, mulher guerreira que mesmo nas lutas, nas dificuldades, nunca se esquece de ser grata a Deus e aos amigos e diz. "Aproveito a oportunidade, para agradecer primeiramente a Deus e depois a todos os nossos amigos, que estiveram conosco nas tristezas e nas alegrias, agradeço de coração a todos que nos assistiram e nos ajudaram nas dificuldades".


A filha


"Meu pai passou pra mim muitos ensinamentos, eu sempre tenho aquela lembrança assim de um homem feliz, que sempre correu atrás dos seus sonhos, que batalhou, ensinou muitas coisas pra nós e é claro que fez toda diferença. Foi um homem que sempre fez o que quis, sobreviveu através do esporte, e teve na música o seu prazer, nos ensinou a acreditar nas pessoas e nessa de acreditar muito fez com que ele levasse algumas rasteiras em Cascavel, não sei se Cascavel foi tão grato com ele como ele foi grato com Cascavel, mas tudo bem, faz parte, ele amava um pagodinho, era bem amigo de Martinho da Vila que quando vinha para Cascavel para fazer shows os dois festejava juntos, cada vez que eu vejo o Martin da Vila na televisão eu lembro do meu pai", diz Márcia.


Os Filhos


Tanto Moacir Júnior quanto Marcio o caçula são unânimes em afirmar que o pai para eles foi um ídolo, um homem honesto, cuidadoso com a família, que não deu luxo, mais deu muito amor e carinho, "ele me imunizava, vivia com ele nos jogos, nos campos de futebol, mas ele não me envolvia muito no meio, dizia que no futebol tinha muita coisa errada, queria outra coisa para minha vida, me sinto feliz por ele ter sido um grande jogador e um grande treinador, sei que está marcado na história do futebol de Cascavel", finaliza Moacir. Já Márcio diz "o que mais me consola, são os depoimentos dos amigos que testificam a importância que ele teve primeiro como ser humano e depois como um desportista de primeira grandeza, é um orgulho saber que tive um pai assim".




A morte


Penso que Moacir Eleutério por ser um homem que amava demais, deixou-se morrer lá atrás, com o trágico afogamento do seu primogênito Carlos Alberto, embora que se tenham outros filhos, quando se perde um, é como se arrancasse um pedaço da gente, e este fato pode ter mexido muito com a cabeça de Moacir, uma vez que a busca é constante para se entender a tamanha perda.


Em 28 de fevereiro de 1985, no hospital mãe de Deus em Porto Alegre, o peito de Moacir Eleutério parou de bater, parou de insistir, antes mesmo de completar 50 anos, o homem que encantava como jogador, agradava como treinador e emocionava como cantor, partiu e deixou um legado "seja correto, seja amigo sincero e ame desesperadamente e quando tudo parecer perdido canta, canta minha gente, que a vida vai melhorar, canta forte canta alto, que a vida vai melhorar, que vida vai melhorar, que a vida vai melhorar" Moacir Eleutério (in memoriam).


16/03/2015 11h10
Paulinho Cascavel - A lenda!
Em um passado não muito distante, de Brasil a Portugal, dentro da área eu fui mortal





Paulinho Cascavel é um desses caras que deveria trazer no seu peito os dizeres acima, mas é lógico que assim não está por razões óbvias, e é por isso que cabe a nós, a sensibilidade de trazer a memória essa bela história que poeticamente foi escrita por ele nos gramados.

Hoje me sinto feliz por conversar com esta fera, que tem uma humildade incrível e nos fala da sua carreira vitoriosa no futebol e na vida.

Perfil

Paulo Roberto Bacinello, nasceu em 29/09/1959 em Santo Antônio da Platina/PR, filho de João e Olviles Maria (in memorian), mudou-se para Curitiba com seus pais em 1970 e revela que seu inicio no futebol foi um acaso, um presente do destino.


De peru a estrela principal

"Morando em Curitiba, eu era vizinho de um dentista que tinha dois filhos, mais ou menos da minha idade e então eu jogava bola com eles na rua e nos campinhos de futebol de bairro, e sempre me destacava, embora não jogasse muito bem, fazia muitos gols, e por coincidência o pai dos meninos além de dentista era também treinador da base do Atlético Paranaense e eu ia com eles de "peru" para os treinos e até que fui convidado a treinar, me saí bem, a partir de então comecei a treinar oficialmente na escolinha do Clube Atlético Paranaense, isso foi em 1971 permanecendo até 1976". relata Paulinho.


A mão de um pai

Filho de uma família humilde, por pouco Paulo Roberto não desistiu do futebol, como irmão mais velho, aos 18 anos sentia o peso da responsabilidade, pensou em largar o futebol e arrumar um emprego para ajudar seu pai no sustento da família, mas seu João teve um papel muito importante na vida e na carreira de Paulinho, chamou para si a responsabilidade, confortou o filho para que continuasse com seu sonho, e toda família o apoiou no que foi preciso para que então pudesse escrever esta bela história de um grande vencedor.

Paulinho foi um dos primeiros juniores a ser vendido na época, seu destino foi o Pinheiros (que mais tarde se tornou Paraná Clube), ainda com idade de júnior tonou-se profissional em 1978, e no ano seguinte, 1979 ainda com 19 anos veio para a cidade de Toledo/PR juntamente com o técnico Lori Sandri e 50% da equipe na parceria da equipe da capital com Toledo Esporte Clube para disputa do Campeonato Paranaense daquele ano.


No Toledo

Realizou um excelente campeonato e ficou na mira do CEC - Cascavel Esporte Clube para disputa do campeonato paranaense do ano seguinte, realizaram confrontos memoráveis no famoso clássico da Soja e começa assim, a trajetória vitoriosa de Paulinho Cascavel - O mago da área!

Foi um início de uma rivalidade muito grande entre Toledo e Cascavel. O Toledo conseguiu montar uma grande equipe com Vaquinha e Cia, entre tantos acontecimentos teve um jogo entre Cascavel e Toledo que o memorável atacante Vaquinha, após fazer um gol do Toledo, foi na linha de fundo próximo a bandeirinha de escanteio e deu uma sambadinha, provocando a fanática torcida cascavelense, foi uma loucura, os torcedores quase invadiram o campo e todos os jogadores do Toledo ficaram temerosos, nunca ninguém tinha feito tal provocação.

Fiz questão de citar o Vaquinha, por se tratar de mais um grande jogador, que por aqui passou e fez história, chegou na região no final da década de 70, vindo também de Curitiba e mais tarde estabeleceu-se na acolhedora cidade de Toledo constituindo família e fazendo amigos.

A semelhança entre ambos não para por aí; os dois levaram para o altar uma miss (título que se dá primeira colocada num concurso que elege a jovem mais bonita de um lugar ou a que obteve a preferência da maioria dos julgadores, com relação a outras), Paulinho Cascavel casou-se com a miss Cascavel e Vaquinha casou-se com a miss Campina da Lagoa, eles realmente não eram fracos!



De volta para Curitiba

Neste mesmo ano, retornou para Curitiba emprestada a sua antiga casa, a do início da sua carreira, fez parte do elenco do Atlético Paranaense, disputando o nacional pelo rubro negro. Enfrentou grandes equipes, grandes jogadores, fez gols e ficou ainda mais valorizado.


A chegada no Cascavel Esporte Clube

Em 1980 ano seguinte, novamente o Pinheiros se licenciou do campeonato estadual e 60% da equipe veio para o Cascavel e compôs juntamente com seus companheiros o tango de uma nota só, eles tocavam e os seus adversários dançavam. Paulinho assegura que foi no CEC que sua carreira deu um grande salto, não é exagero dizer que até hoje, não se formou outro time como aquele do Cascavel Esporte Clube, que sagrou-se Campeão Paranaense em 1980, já tivemos outros bons times por aqui, mas nenhum igual aquele, digamos que equipe do CEC de 1985 chegou próximo, mas não foi perfeito como outrora.

E neste enredo abro um parêntese para dizer que lamento por não ter tido a oportunidade de ter ido ao estádio Teodoro Colombelli - o popular Ninho da Cobra no ano que o Cascavel Esporte Clube levantou o caneco, pois tinha sete anos, morava com meus avós em um bairro afastado da cidade, e face a escassez que vivíamos nem me atrevia pedir para que me levasse para assistir aos jogos, sobre pena de ser repreendido. Só escutava no radinho de pilha o narrador que gritava gol, e foram muitos só do Paulinho Cascavel foram 19, que foi vice-artilheiro do certame perdendo apenas para Everton do Londrina que encerrou a competição na artilharia com 20 tentos.


Uma contusão que lhe custou a artilharia

Acredito que Paulinho só não foi artilheiro do campeonato por conta de um incidente que ocorreu dentro da área, em um lance de cabeceio no famoso clássico da Soja, "Foi em um lance totalmente acidental, em uma cobrança de escanteio de Sérgio Ramos, quando cabeceei pro gol, o zagueiro Bosco tentou afastar a bola e acabou acertando em cheio o meu rosto, tive lesão no maxilar e afundamento no malar, sai desacordado de campo, só me lembro do Otil Bandeira que me prestou os primeiros socorros e me levou para o hospital, fiquei seis jogos fora, por isso acredito que por isso não superei o Everton na artilharia", assegura.

O artilheiro elegante

Com faro de gol, oportunista e um cabeceio fatal, o atacante Paulinho Cascavel não demorou muito a se despontar no futebol do estado, pois as maiores equipes, inclusive os times das capitais sucumbiam diante do seu veneno.

De fato surgiu para o futebol no time do Cascavel, em 1982 foi destaque no futebol catarinense, sendo artilheiro pelo Criciúma no estadual com 16 gols e jogando pelo Joinvile em 1984 foi novamente artilheiro balançando as redes 27 vezes. Foi goleador no América de Rio Preto (SP) e Fluminense (RJ). Fez parte de elencos que reunia os maiores craques do futebol brasileiro e português. Quem não se lembra do grande time do Porto, da máquina do Sporting e da grande equipe do Vitória de Guimarães. Jogou contra os maiores (Maradona, Zico, Careca, Alemão, Aldair, Elzo, Mozer, Casagrande, Sócrates, Neto e etc.). Compôs equipes com os maiores, o que dizer de Rodolfo Rodrigues, Silas, Valdo, Ademir Alcântara, Valdo, Aldair etc...,cita o jogador Careca como uma referência dentro da área, gostava demais de vê-lo jogar, "inclusive somos amigos e nos falamos sempre", complementa Paulinho.


Vestiu a amarelinha

Jogou na Seleção Brasileira em um jogo de festa em Portugal, a seleção foi composta pelos jogadores brasileiros que jogavam em Portugal, montou-se uma bela equipe, Paulinho Cascavel, fez gol!


Entre o casal 20

Só se pode dizer que foi um grande jogador, se pelo menos uma vez tenha atuado no Maracanã e Paulinho Cascavel atuou pelo Fluminense, foi contratado juntamente com Doval para formar a dupla de área do pó de arroz, mas Doval acabou nem jogando e logo foi negociado, foi nesta época que estava chegando no Flu a dupla Assis e Washington, formando o famoso casal 20 e escreveram uma a bela história. E realmente entre o casal 20 não cabia mais ninguém.

Paulinho Cascavel mesmo na reserva jogou várias partidas, foi campeão e se lembra de jogos inesquecíveis e do memorável Fla-Flu, "Maracanã lotado, jogo decisivo, ninguém ganhava do Flamengo e Assis fez o gol da vitória", relembra Paulinho.



Em Portugal, a sua carreira explode

Paulinho atingiu o auge da sua carreira quando se transferiu para o futebol português, foi goleador do campeonato da primeira divisão em duas oportunidades. Com a camisa do Vitória de Guimarães, marcou 22 gols no certame de 86/87. Na temporada seguinte, 1987/88, balançou as redes 24 vezes e foi campeão nacional pelo Sporting.

Paulinho Cascavel está enraizado na história do futebol português por conta do seu excelente desempenho frente as equipes do Porto, Vitória de Guimarães e do Sporting. Existe um verdadeiro arsenal de informações publicadas, que relata a estupenda carreira deste Platinense radicado em Cascavel, que fez história nos maiores palcos do futebol do mundo, acreditem, é riquíssimo o acervo de sua bela carreira!


No Vitória de Guimarães

Sempre balançando as redes e levando o torcedor luso ao delírio, percorreu a Europa jogando contra grandes equipes que eram verdadeiras seleções, foi o maior goleador da Europa anotando cinco gols para o Vitória de Guimarães em apenas uma edição da Taça da UEFA. Junto com seus companheiros conseguiu colocar a pequena equipe do Vitória entre as maiores de Portugal e da Europa, uma visibilidade jamais conquistada pela equipe.

Na equipe de Marinho Peres, técnico brasileiro do Vitória de Guimarães naquela temporada, Paulinho Cascavel deitou e rolou, a ponto de conquistar a bola de prata como maior artilheiro do campeonato 1986/87, com 22 gols anotados. É o maior goleador da história do Vitória de Guimarães na competição européia, 5 gols no total.

No Sporting

Paulinho Cascavel deixa o Vitória de Guimarães e chega no Sporting 1987/88 para substituir Manuel Fernandes, já na sua primeira torna-se novamente artilheiro do campeonato nacional com 24 gols, permaneceu arrasador por três temporadas onde conquistou o título da super taça Cândido de Oliveira pelo Sporting. Depois destes feitos Paulinho Cascavel transferiu-se para Gil Vicente FC em 1990/91, onde por seguidas lesões o forçaram a encerrar sua vitoriosa carreira no futebol português.


O filho do craque

Guilherme Capra Bacinello, nasceu em Guimarães no dia 03 de outubro de 1986, e como não poderia ser diferente seguiu os passos do pai, tornando-se jogador profissional de futebol, de igual modo, atacante carregando nas costas o número 9, começou sua carreira na base do Vitória de Guimarães, ex clube do seu pai, mais conhecido por Cascavel, o jogador luso-brasileiro não teve muitas chances por lá, "a cobrança em cima do Guilherme era muito forte, por um lado o fato de ser meu filho abriu portas, por outro lado o peso de ser cobrado para repetir o que fiz atrapalhou o desempenho dele, mesmo sendo um excelente atleta" - destaca Paulinho Cascavel. Depois disso passou por outros clubes menores, União Torcatense, Bragança, Vila Meã, Trofense, Moreirense, Freamunde e por último Penafiel, onde fez boas campanha e grande visibilidade, fez mais de 30 gols na 2ª divisão no campeonato português, mas nunca teve oportunidade como profissional nas equipes principais fato que acabou desanimando-o, teve uma passagem pelo futebol da Grécia e em 2012 encerrou sua carreira, e hoje toca uma das empresas do pai no Mato Grosso e vive feliz como empresário.


O futebol pós carreira

Paulinho Cascavel, até que ensaiou permanecer no futebol após o término da sua carreira, mas não era seu objetivo principal, nunca pensou em ser um condutor de homens, tanto que escolheu morar bem longe dos grandes centros do futebol, eixo Rio-São Paulo, veio para Cascavel, bem afastado do meio emergente da bola, e entende que para ser o diferencial tem que estar no centro nervoso. Montou uma escolinha de futebol na cidade, muito mais de cunho social, e entende que para revelar atleta e para se tornar um grande celeiro é necessário dedicação exclusiva, fato que o fez parar com o projeto e dedicar-se às suas empresas, frutos de muito trabalho e árduo esforço.

Defende o futebol na cidade, parabeniza o esforço dos empresários em ajudar manter uma boa equipe no campeonato estadual, e aponta que o futebol deve continuar, com uma base enxuta, com os pés no chão, dando oportunidade para os jovens valores da cidade, mas sem se iludir que se vai vender algum prata da casa por altos valores e diz: "Um clube pequeno sofre para manter uma base e bons valores, e os empresários da bola vem e levam sua pedra preciosa para os grandes times de graça, então é preciso se estabelecer uma lei que proteja essas equipes", aponta Paulinho que continua "fica difícil se manter, considerando o nosso calendário falho, onde um clube participa apenas de uma competição de três meses e fica o resto do ano parado, isto também precisa urgentemente ser ajustado para salvar o futebol dos clubes", finaliza.


De volta pra casa

Quando a carreira já estava chegando ao fim, Paulinho foi se organizando em seus investimentos na região oeste do Paraná, porque foi Cascavel o lugar onde escolheu para morar. Casado com a ex-miss Cascavel Leisa Capra Bacinello, tem dois filhos, Vitória e Guilherme (este já citado acima), é um empresário muito bem sucedido e leva uma vida tranquila, com sua família e amigos, é apaixonado pela cidade e diz que torce demais para o crescimento da cidade nos aspectos (sócio, cultural, econômico), é uma pessoa culta, politizada e de forte personalidade, aprendeu diante de tantos desafios ser grato a Deus, a família e aos amigos, disso ele não abre mão.

E para finalizar amigos, deixo neste texto transcrito um pouco do que foi a carreira do Paulinho Cascavel, para exaltar a sua bela história, para agradecê-lo pelo que foi e representa para nossa cidade. Ele levou e elevou o nome da nossa cidade para o mundo, é com toda certeza mais um ilustre cidadão cascavelense que merece nosso respeito e nosso reconhecimento. Esse sim, também merece o título de cidadão da nossa cidade!


05/03/2015 15h29
Sérgio Ramos - A história de um craque




O início

Quem vê esse Senhor sorridente, feliz, desfilando pelas ruas de Cascavel com uma agenda na mão, não imagina a sua história e a sua trajetória no futebol. Sérgio Ferreira Ramos, 59 anos, nasceu em Piratinga, interior paulista, no dia 24 de agosto de 1955. Começou a jogar no Noroeste de Bauru em 1973, clube pelo qual torce até hoje,



Seleção Brasileira

Sérgio Ramos serviu a Seleção Brasileira de novos no Torneio de Toulon 1974 (França) O elenco tinha: Bessa, Pirangi, Djalma Marques, Donizete, Jair Perrone, Mauro, Oscar, Rubens, Eudes, Muricy Ramalho, Nilton, Ricardo Silva, Zé Mário, Jarbas, Luiz Poiani, Maisena, Sérgio Ramos e Nei, técnico José Teixeira. A seleção não foi bem, foi a 4ª colocada, fato que não agradou muito, sem falar que a seleção brasileira principal decepcionou todo mundo com um melancólico quarto lugar na Copa da Alemanha. A seleção brasileira era a atual campeã mundial e havia feito uma Copa invejável em 1970, no México. O técnico era o mesmo, Mário Jorge Lobo Zagallo, mas já não contava com Pelé - que despediu-se da seleção em 1971 - e vários outros heróis do tri, como Tostão, Gérson e Carlos Alberto. Não que a nova geração fosse fraca, ruim, o Brasil ainda possuía alguns dos melhores jogadores do mundo - Leão, Luís Pereira, Rivellino e Jairzinho, mas não apresentou o principal: o futebol.



Vasco da Gama

No avião de volta pra casa Sérgio Ramos - Fé (como era carinhosamente chamado pelos seus companheiros) recebeu o comunicado de que era para descansar uma a duas semanas e depois iria se apresentar no Vasco da Gama, sua nova casa. Chegando lá ainda como Juniores no final de 74 viu que se descortinava um novo horizonte em sua vida profissional, era sua chance de aparecer para o mundo do futebol. Mas foi em 1975 que teve a primeira chance de atuar no time de cima com o técnico Mario Travaglini,



O que acontecia em 1975

1975, foi inesquecível, foi um ano de marcantes acontecimentos, no futebol e fora dele, vejamos alguns; neste ano em que a Seleção do Peru foi Campeão da Copa América, a Seleção da Argentina aplicara a 2ª maior goleada em jogos de seleções, venceu a Venezuela por 11 a 0, o Esporte Clube São Paulo sagrou-se campeão paulista com Serginho Chulapa artilheiro com 22 gols, o Santa Cruz/PE calou o Maracaná de 74 mil rubro-negros, que assistiram atônitos um show do tricolor, diante do poderoso Flamengo de Zico, Júnior, Raul, Rodrigues Neto e Dorval, o Internacional foi campeão brasileiro e abriu a série de títulos gaúchos no nacional, o estado da Guanabara funde-se com o do Rio de Janeiro, morria Érico Veríssimo - escritor brasileiro, a moeda corrente do pais era o cruzeiro e o salário mínimo era CR$ 532,80, entre outras coisas.



Carreira no profissional

O determinante para Sérgio Ramos, foi a sua ascensão ao time profissional do Vasco, onde ele iniciou de fato o seu desfile pelos gramados do futebol, Fé fala com orgulho que jogou nos maiores clássicos do futebol brasileiro - Vasco x Botafogo, Vasco x Fluminense, no Maracanã, palco sagrado do futebol. Sim senhor, Sérgio Ramos jogou no Maracanã e por diversas vezes. Ele se lembra de um jogo em que o CR Vasco da Gama empatou em 2 a 2 com a equipe do Porto (Portugal) em amistoso internacional, com dois gols de Julio para o Porto, Edu e Gaúcho para o Vasco, o time era Mazaropi, Paulo César, Miguel, Rene, Alfinete, Gaúcho, Zanata, Edu (Jair Pereira), Carlinhos (Ademir), Dé e Luis carlos (Galdino) - O treinador era o Mário Travaglini, o time vascaíno era uma máquina, o futebol profissional fervia no mundo.



Giro pelo país

"Andar com fé eu vou, que a fé não costuma "faiá" (Gilberto Gil)

Neste mesmo ano ele foi por emprestado para o Madureira (RJ), a ideia da diretoria, é que ele saísse um pouco para pegar mais cancha, mais experiência e acabou pegando é área, não retornou mais ao time cruzmaltino, a partir daí rodou o Brasil, passando pelo São Bento de Sorocaba, Matsubara, Taubaté, Uberlândia, CSA, Francana (SP), Operário de Campo Grande (MS), Cascavel Esporte Clube, Atlético Paranaense e Foz do Iguaçu onde encerrou sua carreira profissional em 1990.



Entre o Santos e a Serpente

Em 1979, Sérgio Ramos havia feito um excelente campeonato paulista pelo Francana, fato que chamou atenção dos grandes clubes paulista e seu empresário conseguiu encaixá-lo no Comercial de Ribeirão Preto para um amistoso que a equipe faria com o Santos Futebol Clube, Sérgio pensou ser essa outra grande oportunidade da sua vida. Então se dedicou nos treinamentos a ponto de recusar até convites para sair nas noites com seus companheiros, focado, preferiu sempre ficar na concentração; então houve um incidente onde ele estava concentrando em uma confusão acabou levando um tiro de raspão na perna, tiveram que consumir com ele dali, acabou deixando seus companheiros e não pode atuar no jogo contra o Santos; pensa ele ter perdido uma grande oportunidade de brilhar no grande Santos do sempre Pelé, mal sabia ele que seu destino seria a serpente, pois em Cascavel estava se montando uma máquina para disputar o campeonato paranaense.

Como veio parar em Cascavel


Impulsionado por uma economia pujante, a cidade de Cascavel vivia um ano de grande expectativa no automobilismo e no futebol, e o Cascavel Esporte Clube era a menina dos olhos de grandes empresários investidores, foi uma época que era possível contar mais de 100 placas de patrocínio em volta do gramado - relembra o sorridente Darci "Tchê" Casagrande, um dos diretores do Cascavel e figura importante na história do futebol local. Então o presidente do CEC - Cascavel Esporte Clube, o visionário e entusiasta empresário Nelson Vettorelo, autorizou que Ivo Roncáglio - diretor de futebol, fosse para o interior paulista e trouxesse de lá pelo menos quatro bons jogadores, a ideia era reforçar o time, pois o desejo era de título. E fiel nesta missão Roncáglio trouxe de lá Sérgio Ramos, Doquinha, Gritem e Daniel, vieram todos dentro de um possante Landau dirigido por Ivo.



O título de 80 e o famoso cai cai

A partir daí o que se viu foi uma bela e imbatível equipe, bem treinada por Borba Filho, o time jogava por música, Sérgio mostra o brilho dos seus olhos ao falar a escalação do Cascavel "o time era Zico, Doquinha, Edvaldo, Manoel e Valdecir, Moacir, Osmarzinho, Maurinho, Marcos, Paulinho Cascavel e Eu (Sérgio Ramos), sinto muita falta desta época, era uma equipe que jogava de igual pra igual com qualquer um, um time de fato muito forte, assegura Sérgio. Não diferente de outros jogadores e torcedores que presenciaram a final do Campeonato Paranaense de 1980, entre Cascavel Esporte Clube e Colorado Esporte Clube, em Curitiba, ele lembrou do "cai-cai" dos jogadores em campo e revela os bastidores daquela decisão eletrizante. No primeiro tempo do jogo, o juiz expulsou dois jogadores do nosso time. Borba Filho, nosso treinador no intervalo da partida, no vestiário, nos orientou para que fizessem o "cai-cai" em campo e sugeriu para que mais dois jogadores se machucassem encerrando assim a partida com sete jogadores. Nós havíamos desistido da partida, se o Colorado precisasse de quinze gols iria fazer, pois já estava tudo acertado com o juiz, bandeirinhas, federação", comenta Sérgio.



Característica


Ponteiro Esquerdo a moda antiga, uma habilidade incrível na perna esquerda, e um exímio cobrador de falta, fica orgulhoso ao falar que foi com o Roberto Dinamite no tempo de Vasco que aprendeu a cobrar faltas, após os treinos, Dinamite investia um pouco do seu tempo, ensinando a ele a forma, o jeito e o efeito que a bola dá, "se o batedor for um maestro a bola vai tocar a música que ele e o publico quer", Sérgio Ramos marcou época no Cascavel Esporte de Clube, para compara-lo aos jogadores atuais, temos que fazer uma junção do ex meia Neto do Corinthians e Michel Bastos do São Paulo. Se Sérgio Ramos atuasse no futebol de hoje com toda certeza seria milionário, fácil constatar considerando que no campeonato paranaense de 1.980 ele fez 11 gols de bola parada, não se vê jogador como esse nos dias de hoje.

Chegou para ficar

Após a conquista e a fama, o que já estava desenhado, acabou acontecendo, em dezembro de 1980, Sergio Ramos casou-se com Cleonice, onde fixaram residência em Cascavel, tiveram duas filhas Arianne e Miucha e hoje com 35 anos de casados comemora feliz a chegada dos dois netos Bruno e Nicole, e diz: "Espero em vida ver o meu neto Bruno dando sequência no meu legado, gostaria muito de vê-lo como jogador, se for da vontade de Deus, isso vai acontecer".

Como vive hoje

"Eu vivo, durmo, sonho e acordo com futebol, o futebol sempre foi e sempre será minha paixão, mas hoje infelizmente eu não sobrevivo do futebol, tentei permanecer no meio após o término da minha carreira como jogador, mas me frustrei com pessoas, fiquei decepcionado e penso que acabou meu tempo de envolvimento com a bola, devo deixar para os mais jovens a responsabilidade de fazer um futebol forte na cidade. Felizmente encontrei uma boa profissão, sou corretor de imóveis". Sérgio está estudando, busca especialização na área, hoje leva uma vida feliz com sua família e seus amigos, tem no sábado o seu dia preferido para o seu lazer, frequentar o barzinho com os amigos, tomar uma caipirinha bem gelada e saborear uma suculenta feijoada, são coisas de que ele não abre mão de jeito nenhum, para ele não existe nada melhor, adora sair no final de semana, curtir um cinema e uma pizzaria com a esposa, todo ano no dia 24 agosto, reúne seus amigos se no salão de festa do condomínio onde mora para comemorar seu aniversário, regado com muita carne, música e chopp, e esse ano vai ser mais do que especial, pois vai comemorar 60 anos, diz que encontrou no budismo o equilíbrio para sua alma, "faz cinco anos que sou budista e posso dizer que estou vivendo uma paz que há muito não vivia, me encontrei espiritualmente".



E o time da cidade

Acredita que o FC Cascavel vai resgatar o futebol de glória do seu tempo, tem a impressão que a união de todos em prol da montagem de uma grande equipe e a sequência do trabalho pode levar o torcedor de volta ao estádio, diz que estão no caminho certo e está torcendo muito para o time na competição deste ano e finaliza: domingo estarei no estádio. E assim, Fé nos permite retratar um pouco da sua história, é óbvio que tudo o aconteceu na sua carreira não está descrito neste texto, mais de uma coisa eu tenho certeza, quem tiver a oportunidade de ler essa matéria e a posterior se deparar com este cidadão nas ruas de Cascavel, vai se lembrar com toda certeza que está diante de um dos eternos monstros do futebol brasileiro!

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